Comecei a fazer hidroginástica há um mês e queria deixar um recado para meu professor:
Querido professor, eu não sei se o senhor percebeu, mas eu ainda não me chamo máquina. Meu nome é Lauana, tenho 21 anos e sofro de asma, lentidão e falta de coordenação – questões estas que o senhor nem me perguntou e com as quais não se preocupou. Eu sei que para o senhor talvez eu seja só mais um rostinho bonito e rechonchudo em busca de ideais bem difíceis nos dias de hoje: emagrecer um pouco, ser saudável, conseguir tempo para praticar esportes. Mas, eu acho que o senhor poderia ao menos ter percebido que eu não sou igual as suas outras alunas e que o meu “bem rápido” é igual ao “médio” das outras. Querido professor, não estou pedindo que você me dê um tratamento especial o qual você não dá para nenhuma de suas outras alunas, tais como entrar na piscina e me ensinar de forma prática e não teórica um exercício, nem peço que o senhor abandone o seu tão sagrado reloginho que marca o tempo exato de cada atividade e até nem pedirei para que o senhor largue esse maldito hábito de pedir que tudo seja mais rápido dentro do que o senhor considera que seja o rápido ideal para uma menina consideravelmente saudável de 21 anos e sem problemas cardíacos. O que eu peço é coisa simples: perceba que eu sou um ser humano e diferente de todos os outros. E mais, perceba que apenas ser simpático e carismático não faz de você um bom profissional.
E desculpe senhor professor se este recado não atingiu o seu 100% ao criticar a sua aula, pois eu sei que o senhor só dá aulas para pessoas 100%.
Mais uma etapa cumprida!
Há 14 anos
Perfeito, claro e sincero. Somente quem está 100% consigo pode perceber a situação com tal clareza.
ResponderExcluirUm abraço e parabéns pela coragem de não ser apenas mais uma aluna no meio de tantas outras.
Viva la revolucion!
ResponderExcluirHehehhe
É, talvez por isso que não existe mais "professores" e sim, personal trainners, orientador e todas estas denominações.