24 de mar. de 2010

Já pensou se Dom Pedro I tivesse que abrir uma conta?

Esta semana tive que abrir uma conta em um novo banco para receber o salário do novo estágio. Anteriormente nunca havia aberto uma conta em meu nome sozinha, então não sabia como era o processo. Fui muito bem atendida, mas para minha surpresa fiquei uma hora e trinta minutos verificando cópias, preenchendo cadastros, assinando papéis (dos quais nenhum ficou para mim para minha garantia). Assinaturas vem, assinaturas vão, lembrei da minha última aula de Direito Notarial em que o professor citou que Dom Pedro I tinha mais de dez nomes na constituição de seu nome completo e, imediatamente, pensei “imagina se Dom Pedro I tivesse que abrir uma conta aqui, ele ia ficar mais de duas horas só assinando os papéis!”

Em nível de curiosidade (tua e minha), o cara se chamava Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. Precisaria do espaço de três linhas inteiras para assinar esse nome, ainda mais naquele formato de antigamente, com capitais e demais letras bem desenhadas. Ou então, abreviando quase tudo: Pedro de A. F. A. J. C. X. de P. M. R. J. J. G. P. C. S. de B. e Bourbon. PedrodeAFAJCXdePMRJJGPCSdeBeBourbon. Que bom que o Pedro não tinha que abrir conta nenhuma, né?!

Acabei pensando nisso tudo por que me deparei com uma baita burocracia em um procedimento que deveria ser medianamente simples. O banco se enche de precauções, quando na verdade são eles os terríveis. Era só fazer o cadastro, a conta e pronto .E depois de tudo isso, ainda houve o obstáculo das senhas. Imagina se Dom Pedro I ia querer guardar ou anotar num bloquinho todas as senhas de que ele precisaria: uma para o cartão, outra para o de compras, outra para poupança, além das senhas de letras, mais as senhas não bancárias – Orkut, MSN, email, login do computador, do blog, do flog, para entrar no sistema do trabalho, para procurar processo no sistema, para entrar no site da universidade, para entrar no outro email etc etc etc – muito cansaço para um imperador só, acho que por isso, essas tecnologias vieram só depois. Imagina Dom Pedro com um bando de secretários, cada um responsável por uma destas áreas e suas respectivas senhas?! Como temos que lembrar pequenas coisas tão decisórias em nossas atribuladas e desenvolvidas vidas, cada dia uma senha nova e para cada uma esquecida; uma nova barreira que se cria...

Bom mesmo era ser imperador.

3 comentários:

  1. hahahha.

    Boa comparação... realmente, são muitas senhas. Agora fiquei com o Dom Pedro abrindo uma conta num banco hahahahha.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi Lauana, avisarei sim, pretendo criar uma linha até o final do ano com miniaturas ricamente detalhadas, pra colecionismo mesmo. Mas não deixem de curtir um bom RPG com miniaturas por minha causa, vou enviar pro Maikel o endereço desse cara que esculpe, é em torno de 6,00 cada miniatura, e ja vem pintadas! Quebram bem o galho por um tempo..haha.. Ah! faz tempo que não jogo RPG, se precisarem de mais alguém pra formar grupo... XD
    Anotem ae o meu MSN, caso usem: blues-etilicos@hotmail.com
    Bjão.
    PS: Interessante a crônica sobre o Dom pedro. Talvez ele não tenha precisado passar por isso, mas os descendentes dele, os Bragança, devem passar pelas mesmas burocracias hj...hehe..

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