15 de jan. de 2010

Há um incêndio sob a chuva rala




Eu e minha mãe fomos assistir a uma representação do texto “Há um incêndio sob a chuva rala” da Vera Karam, promovido pelo Porto Verão Alegre 2010. Observações sobre a peça à parte, o texto é muito bacana e trata de uma mulher solitária que no desespero de comunicar-se com alguém, começa a contar sua vida a um vizinho e a revelar sua personalidade ansiosa a ele. É uma tragicomédia muito atual. Depois de participar de uma encenação assim ou assistir a um filme que trate sobre esse assunto, eu sempre acabo me questionando sobre o que levou a pessoa a ser tão só, que tipo de mágoas ela acarretou ou sofreu, se ela foi abandonada muitas vezes e optou por não sofrer mais ou se ela afastou as pessoas de si por ser muito chata, enfim... Eu sempre acabo observando toda a psicologia que envolve aquele momento.


Mas tratando sobre a solidão, tenho lido muitos textos em que vários autores escrevem sobre isso, algumas vezes, fazendo as mesmas perguntas que eu. E para essas perguntas sempre há uma penca de soluções possíveis. Acredito que é interessante discutir sobre isso em uma época em que as pessoas (ou a minoria na qual eu estou inserida) estão cada vez mais informadas e cada vez mais distantes. O computador e a Internet, no meu ponto de vista, aproximam as pessoas, pois podemos nos conectar com conhecidos que estão no outro lado do mundo ou que estão a uma esquina de nós. O que me preocupa é a distância física que acabamos estabelecendo com essas pessoas que estão a um palmo de nós, acredito que, por comodismo – na maioria das vezes, me resulta mais fácil dar um “alô” por Orkut para minha amiga que mora na mesma quadra que eu do que passar pessoalmente na casa dela para fazer isso. Talvez seja essa facilidade que distancia as pessoas – fica cada um no seu quadrado guardando para si o que aprende na vida.



Bom, em outro momento me aprofundarei mais sobre essa questão que me chama muito a atenção, agora estou com sono e cansada e deixo o meu alô virtual para você, pessoa que me lê, mas que não sabe quem eu sou.
Ali em cima coloquei duas fotos,uma do espetáculo que deu origem a toda essa discussão, esta achei no Google e a segunda retirei do blog do Neelic (pois este grupo montou uma peça em que o texto da Vera estava inserido e a menina da foto(a Ju)fazia a personagem principal do texto).

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